
Construir uma boa velhice, envelhecer com saúde, autonomia e significado. Sentir-se bem com o passar dos anos.
Nada disso é fruto do acaso, ao contrário, é um caminho que se constrói com clareza e escolhas conscientes. E eu compreendi isso a partir de um lugar inesperado: meus sonhos.
Há mais de uma década criei o hábito de anotar a data e os detalhes de meus sonhos. E de vez em quando eu os revisito. Pois bem, foi numa dessas retrospectivas que encontrei alguns apontamentos interessantes.
Percebi que por muitos anos sonhava repetidamente com três coisas: 1. cachorros: às vezes vira-latas e às vezes cães de guarda, mas sempre mansos; 2. casas gigantescas: geralmente com festas e algum cômodo em reforma; 3. ônibus: às vezes eu pegava errado, às vezes eu os perdia ou, simplesmente não chegava ao destino.
Pode parecer estranho, mas esses símbolos do inconsciente se tornaram bússolas no meu processo de autoconhecimento e, mais tarde, no meu planejamento para envelhecer com plenitude.
Vou compartilhar brevemente um pouco desses sonhos recorrentes e o que compreendi com eles. E você pode, de repente, aprender algo bom com essa experiência. Começarei pelos cães.

Os cachorros: proteção e fidelidade à minha essência
Passei um bom tempo sonhando com cães, e geralmente, eles eram meus companheiros. Muitas vezes estávamos brincando. Alguns já haviam morrido, mas apareciam de forma dócil, acolhedora. Outros, vira-latas simpáticos, estavam sempre por perto.
Com a lente da psicologia analítica de Jung, entendi que esses cães representavam partes da minha psique que zelavam por mim — minha intuição, minha força instintiva, minha lealdade interna.
A mensagem era clara: eu tinha dentro de mim forças amorosas, confiáveis e protetoras. Mesmo nos momentos em que duvidei da vida ou do futuro, esses sonhos me lembravam que eu podia confiar no que era essencial e verdadeiro em mim.
E isso foi bem reconfortante, sentir esse elo entre mim e a Sabedoria Divina que está em meu interior. Pois, por incrível que pareça, muitas vezes vivemos totalmente desconectados com ela.
Mas agora sei que poderei contar com essa sabedoria para construir uma boa vida e uma boa velhice. Sei que nunca estarei só, indiferente a quem esteja, ou não, ao meu lado, afinal, tenho dentro de mim o apoio necessário.

As casas enormes: potencial interno e crescimento inacabado
As casas dos meus sonhos eram sempre grandiosas — contudo, inacabadas, com cômodos em reforma. Geralmente haviam festas, abundância, mas eu sempre me via em espaços inacabados.
Isso me apontava claramente meu processo de reforma interior.
Com o tempo, comecei a sonhar que mesmo dentro de mansões enormes, eu escolhia espaços menores, mais simples, porém, prontos. Um anexo bem cuidado, um quintal com instrumentos musicais e bichinhos.
O que isso me mostrou?
Que eu precisava parar de insistir em viver nos “castelos ideais” do ego, das convenções sociais e para, então, habitar os espaços internos que já estavam prontos para me acolher.
Aprendi a valorizar a simplicidade com significado. Descobri o tanto que sou uma pessoa minimalista. E isso mudou meu olhar para o envelhecimento: não preciso de muito, mas preciso de verdade. Que seja simples, mas que seja autêntico.
Fiquei pensando que, às vezes passamos a vida construindo impérios, ou numa sede insaciável de colecionar experiências, quando, de repente, uma vida simples, porém, significativa, é mais do que o suficiente para vivermos uma boa velhice.

Os ônibus: escolhas, caminhos e desvios
Esses sonhos foram os mais desafiadores. Algumas vezes eu perdia o ônibus, em outras eu pegava o ônibus errado. Em certa ocasião desci longe do destino e fiquei rodando por horas a fio.
Minhas filhas pequenas desembarcaram do ônibus sem mim em um sonho angustiante. Em um dos últimos com esse tema, salvei minha vida por não ter embarcado na condução. Isso mesmo, eu só u me salvei de uma explosão, porque estava do lado de fora do buzu.
Foi doloroso entender a mensagem oculta nesses sonhos: eu sabia onde queria chegar, mas insistia em percorrer caminhos que não eram meus. Horários que não me atendiam. Comprava projetos dos outros, pressões sociais, medos. E sempre perdia o controle, sendo conduzida por terceiros (no caso, o motorista). Perceber esses detalhes me libertou.
Entendi que envelhecer bem é escolher com consciência o meu próprio caminho. Nem sempre o mais rápido. Algumas vezes será o mais cheio e difícil. Sem o conforto de estar apenas sentada, apreciando a paisagem. Contudo, é o caminho mais verdadeiro, o que realmente alimenta e faz sentido.
Não tenho controle sobre um transporte coletivo. Mas posso guiar minha vida por um caminho pessoal e autêntico, se estiver comprometida com isso.

A síntese dos três sonhos: fidelidade, simplicidade e direcionamento para uma boa velhice
Hoje olho para esses sonhos como um presente. Eles me mostraram que o envelhecimento saudável começa muito antes da velhice. Começa quando escutamos nossa alma, paramos de seguir multidões e passamos a construir uma vida com significado.
Uma boa velhice começa quando nos comprometemos a nos tornar indivíduo, com DNA próprio. Quando temos a coragem de ser nós mesmos.
E foi a partir desse e de outros entendimentos que criei o Princípios Milenares para Envelhecer Bem — um curso simples, direto, acessível, que reúne muitos ensinamentos antigos e valiosos. E um dos principais é exatamente o autoconhecimento embasado na espiritualidade.
Se você sente que está perdida, sobrecarregada ou com medo do futuro, talvez este curso seja seu ponto de partida.
Ele é para mulheres como eu e você, que querem viver uma boa velhice, com autonomia, consciência e alegria — cercadas de boas escolhas, boas ideias e boas companhias.
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Por fim, fica a pergunta: você tem o hábito de anotar e estudar seus sonhos? Se desejar, deixe uma resposta nos comentários.
No mais, desejo-lhe sucesso, saúde e serenidade.
Cintia Amorim.