
Este é um “artigo” simples, escrito numa entediante tarde de sábado, cujo objetivo é registrar algumas reflexões sobre a vida, nada demais. Provavelmente elas não mudarão sua história, porém, quiçá, podem fazer você parar para pensar um tiquim.
São singelas descobertas de uma quarentona meio tantã, mãe de duas meninas maravilhosas, e que encontra, na escrita, uma feliz fonte de desabafo pessoal.
Divirta-se: -)
A que viemos?
Viemos ao mundo para aprender a nos amar
Essa é a missão número um da vida
Não se preocupe tanto assim em amar aos outros
Não que isso não seja importante, pois é, e muito
Mas amar aos outros é uma consequência fluida e natural de quem se ama
Quando você realmente se ama, não precisa se esforçar para transbordar amor
Ele flui natural e, inevitavelmente, de você
Portanto, ame-se
Priorize-se na função de se amar e descobrir QUEM VOCÊ É
De verdade, em essência
E não se preocupe, igualmente, em amar a todos
Você não precisa gostar e se dar bem com todo mundo
Isso não é amor, é massacre!
Não se obrigue a estar próximo de que não lhe enxerga e não lhe respeita
Contudo, respeite essas pessoas. Respeite a todos, mesmo de longe
E ame-se incondicionalmente, sem culpas
Não tenha medo de tornar-se egoísta
O verdadeiro amor nunca é egoísta, ao contrário, é altruísta
Ame-se, flua em amor
Lembre-se que na vida você colhe o que planta
Pense nisso!
Reflexões sobre a vida e a morte
Não é preciso provar nada
Até porque ninguém se importa
Somente as pessoas que amamos
E que nos amam também
Não faz diferença ter carros ou luxos
Experiências extravagantes ou diplomas
Só importa o que realmente faz sentido
O que, de fato, preenche
No fundo, ninguém se importa
Embora muitos se intrometam
Desnecessário se comparar
É tão somente olhar para dentro
E fazer sua obra
A que lhe faz sentido
A que, de fato, lhe preenche
E pode ser extravagante, extraordinário
E pode ser muito simples e comum
E, de verdade, tanto faz
Porque só importa o que faz sentido
Só importa o que vem de dentro
Só importa o que, de fato, preenche
Importa tocar as pessoas que você ama
E que lhe amam também
E, se puder beneficiar mais alguém,
Amém
Porque, no fundo,
Só importa o que, de fato, lhe preenche

Adentrar-me
Adentrar-me e descobrir dentro de mim um belo jardim
Adentrar-me e ficar bem, ficar feliz
Aprender a viver em paz comigo, com quem sou, com minha essência
Sentir profunda gratidão por ser apenas eu mesma
Sem cobranças,
Sem muitas expectativas,
Sem comparações,
Deliciar-me no ser
Ser livre para ser
Gostar de ser quem se é
Matadora de leões
Há quem se orgulhe de ser matadora de leões
Há quem saia de casa, todos os dias
Para matar seu leão diário
Pois eu sonhei que brincava com leões
E lhes acariciava a barriga
Acho que não mato leões
Acho que prefiro brincar com eles
Talvez seja esse o meu poder
Essa leveza tão sensível e
Tão confusa e
Por vezes, inerte
A poesia é minha força,
Mas a poesia pode ser tão simples
A poesia pode parecer tão desimportante
Talvez a força não esteja na dureza
Talvez a força não seja apenas brutalidade
Talvez haja grande força na leveza
Mormeio
Sou altamente vomitável
O deus cristão certamente me cuspiria
E eu, mornamente, me riria
Sou do caminho morno, do meio
Abaixo da superfície e longe das profundezas
Sou o mediano, o comum, o sereno
O igualmente idiossincrático
O que aparece sem nenhum destaque
Sou o que sou e gosto de me ser
Nem raso, nem intenso,
Nem pequeno, nem imenso
E é assim que sempre venço

Um livro recheado de reflexões sobre a vida e poesia
Caso você deseje se distrair com mais reflexões e poemas sobre a vida, considere ler meu livro Conversa de Árvore. Nele você encontrará frases curtas, poemas e pequenos textos sobre assuntos variados.
Espero que você tenha gostado dessas reflexões.
No mais, desejo-lhe sucesso, saúde e serenidade.
Cintia Amorim.