Breve comentário sobre: O cavaleiro preso na armadura

análise de o cavaleiro preso na armadura

O sumo ato de inteligência é a identidade:

achar quem é você dentre tudo aquilo que te sugerem ser.

Lúcia Helena Galvão

O Cavaleiro Preso na Armadura é um livro sobre autoconhecimento. Um livro de fácil leitura, que nos faz pensar sobre a trabalhosa, porém proveitosa, busca por nós mesmos.

Trata-se de uma história ambientada na Idade Média, cujo personagem principal, um cavaleiro, tinha o hábito de salvar várias pessoas, menos a si mesmo.

Ele, pessoalmente, estava vivendo uma grave crise pessoal, preso a uma fantasia que ele mesmo criou para se proteger. Enquanto tentava salvar o mundo, ignorava completamente as pessoas que estavam próximas a ele, especialmente a esposa e o filho.

Sua fantasia de herói destemido era apenas um disfarce para seus muitos medos e fragilidade. E, certo dia, ele percebeu que não conseguia mais viver de verdade, estava preso a uma historinha de herói que havia criado para si, e era muito cômoda.

Sua historinha lhe proporcionava muito reconhecimento social, porém, a um alto custo: a completa perda de sua identidade. Ele não conseguia ser nada mais que um pseudo-herói. E isso o estava sufocando.

E somente após perceber isso é que ele sai em busca de sua libertação. Em busca de SI MESMO. E começa, então, sua jornada pelo longo e doloroso Caminho da Verdade.

O Cavaleiro Preso na Armadura inicia sua jornada por autoconhecimento

livro cavaleiro preso na armadura

“Se o que tu procuras não achares primeiro dentro de ti mesmo, não acharás em lugar nenhum“.

Sócrates

O Caminho da Verdade é a jornada na qual O Cavaleiro Preso na Armadura terá de enfrentar três desafios, representados por três castelos:

  • O Castelo do Silêncio, onde aprenderá a acalmar-se para escutar a voz que vem de dentro;
  • O Castelo do Conhecimento, que é quando ele encontra muitas respostas sobre si mesmo;
  • E o último e mais difícil castelo, onde precisa enfrentar seus maiores medos inconscientes.

Durante esta jornada ele será auxiliado por alguns seres da floresta, além de um mago que aparece sempre quando o nosso herói encontra-se muito confuso.

E, é com muito tempo e esforço que, aos poucos, ele consegue conquistar seu objetivo: encontrar sua Verdade, e libertar-se da fantasia que ele criou para, inconscientemente, proteger a si mesmo.

O cavaleiro que, por anos, acreditou que deveria ser um grande herói para os outros, aprende, finalmente, que ele precisava salvar a própria identidade, para tentar, então, salvar sua negligenciada família.

Como dito, a leitura é rápida e fluida, e o conteúdo é profundo. Não quero entrar muito em detalhes para não estragar as surpresas, porém, garanto que vale a pena investir algum tempo neste livro. Ele é fundamental para quem nutre interesse no tema de desenvolvimento pessoal.

Cinco lições do livro

Aquele que se possui não perde nada. Mas quão poucos homens são abençoados com a propriedade de si mesmo”. Sêneca

  1. A importância de se despir das máscaras:
    O cavaleiro, representando a nossa própria essência, precisa abandonar a armadura que, apesar de proteger, o impede de sentir e expressar suas emoções verdadeiras. Essa lição revela que, para encontrar a felicidade e o amor, é fundamental sermos vulneráveis e transparentes. Precisamos deixar de lado as máscaras que criamos para impressionar os outros. E ter a coragem de sermos apenas nós mesmos.
  2. Desapegar-se da necessidade de salvar o mundo:
    Quantas vezes queremos bancar o herói e salvar o mundo. Vivemos em um tempo de coachs que possuem a fórmula secreta do sucesso. Estamos em uma época em que é sempre “o outro” que precisa de alguma ajuda, de algum conselho. E, na verdade, somos muitas vezes cegos guiando cegos. A verdadeira luz vem de dentro, e é olhando-nos, e brilhando, que talvez possamos iluminar o caminho de alguém.
  3. O valor da humildade e do perdão:
    O livro me fez refletir sobre como o orgulho e a falta de perdão podem nos manter presos, tanto emocional quanto espiritualmente. O orgulho nos torna surdos. Abraçar a humildade e aprender a perdoar, tanto a nós mesmos quanto aos outros, é um passo essencial para a verdadeira liberdade e paz interior.
  4. A importância de se conectar com os outros:
    Durante a jornada, o cavaleiro recebe a ajuda de vários seres inesperados, e descobre que o isolamento não leva à verdadeira realização. Isso revela o quanto cultivar relações autênticas, baseadas no amor e na empatia, é algo importante para uma vida equilibrada. Essa conexão não só nos enriquece, como também nos ajuda a compreender que não precisamos enfrentar sozinhos nossas batalhas internas.
  5. A necessidade de enfrentar nossos medos:
    O livro mostra que o verdadeiro inimigo muitas vezes reside dentro de nós mesmos – em nossos medos, inseguranças e dúvidas. Para mim, essa é a lição mais poderosa: enfrentar e trabalhar esses medos é imprescindível para romper barreiras e descobrir a liberdade de ser quem realmente somos.

Certamente, se você ler com atenção, encontrará outros preciosos ensinamentos, porém quis elencar esses cinco que me chamaram bastante a atenção.

Conclusão: O Cavaleiro Preso na Armadura

Escava dentro de ti. É lá que está a fonte do bem, e esta pode jorrar continuamente, se a escavares sempre”.

Marco Aurélio

Definitivamente, o caminho é para dentro. Talvez este seja nosso maior objetivo em vida, como disse Sócrates: Conhece-te a ti mesmo.

Quando pararmos de viver para agradar a plateia, e começamos a descobrir quem somos e o que, de fato, nos agrada, florescemos. E quando flrescemos, temos algo bom a contribuir para com o mundo.

Esta é realmente uma breve e singela resenha sobre o livro O Cavaleiro Preso na Armadura. Espero que você o leia, e que encare com otimismo sua própria jornada de autoconhecimento.

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No mais, desejo-lhe sucesso, saúde e serenidade,

Cintia Amorim.

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