O que é o deísmo e porque me tornei deísta

Neste breve artigo quero falar sobre a importância do deísmo e porque me tornei deísta, e como isso tem me ajudado a encarar minha espiritualidade de forma madura, sem precisar me submeter a pessoas e regras duvidosas durante a jornada.

porque me tornei deísta

Porque Me Tornei Deísta

Sempre me considerei uma buscadora, mesmo desde muito jovem. Cresci em um ambiente marcado por uma religião opressiva e castradora, onde a fé era utilizada como instrumento de controle.

Minha mãe, dominadora e manipuladora, fazia questão de impor uma visão de mundo rígida, enquanto meu pai, ausente e boêmio, se perdia em seus próprios excessos. Esse cenário, aliado às constantes brigas entre irmãos, criou em mim um sentimento de vazio e insegurança.

A religião, então, se apresentava como a única fuga para tantos problemas, mas, desde cedo, algo em mim questionava essa imposição.

Mesmo quando a fé parecia ser o único refúgio, meu coração nunca se conformou com as inúmeras contradições da bíblia e as escandalosas hipocrisias que eu via ao meu redor. O medo, porém, era tão intenso que me fazia silenciar minha lógica e aceitar passivamente as imposições religiosas.

E eu vivia em uma espiral constante de culpa e conflitos.

Essa submissão acabou moldando minha personalidade: cresci retraída, com zero autoestima, carregando inúmeros problemas emocionais e até mesmo uma tendência suicida.

A “tardia” hora de dar um basta!

A virada da minha vida começou quando, já adulta, resolvi que precisava dar um basta. E saí, definitivamente da igreja.

Lembro-me exatamente desse dia: eu estava com meu ex-marido e minhas filhas e algo dentro de mim disse: o que você está fazendo aqui? Este lugar não lhe pertence.

Foi a última vez que assisti a um culto. Foi aí que iniciei um processo profundo de autoconhecimento, algo que, apesar de demorado, foi libertador.

Enfrentei meus medos, questionei tudo e, gradualmente, fui me desvinculando da religião que tanto me oprimia. Esse desligamento do cristianismo não foi fácil, mas foi o primeiro passo para recuperar minha identidade. Descobri que não precisava mais me submeter a dogmas e rituais que me limitavam.

Durante esse processo, percebi que, embora eu tivesse desistido da religião institucionalizada, jamais abandonaria minha crença e fé em Deus. Pelo contrário, minha comunhão com o divino melhorou exponencialmente, quase que 200%, depois de me libertar das manipulações religiosas.

Como encontrei o deísmo

Foi nesse momento de clareza que encontrei o deísmo, uma filosofia que crê em Deus, mas rejeita a opressão e o controle característicos das religiões organizadas.

Fiz uma busca intensa no Google, procurando respostas de como desenvolver uma espiritualidade totalmente desvinculada de religiões.

Fiquei muito tempo lendo vários artigos, até que encontrei uma filosofia que mexeu bastante comigo. Pensei: é isso! E foi nesse momento que me tornei deísta.

Dizendo de forma bastante resumida: o deísmo é a crença de que Deus criou o universo e suas leis naturais, mas não intervém diretamente nos assuntos humanos. Surgiu entre os séculos XVII e XVIII, impulsionado pelo Iluminismo, e contra o domínio e abusos da religião. Os deístas valorizam o uso da razão e da observação da natureza.

Entrei em grupo no Whatsapp, divertidíssimo por sinal. E vi que aquelas pessoas eram livre pensadoras, questionadoras, respeitadoras e democráticas, embora debochadas, criativas, enfim, pareciam comigo.

Então pensei: encontrei minha turma.

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Por que recomendo o deísmo

O deísmo me ofereceu uma nova perspectiva. Ele valoriza a razão, a observação da natureza e o sentimento pessoal de fé, sem a necessidade de intermediários ou dogmas.

Dentro desse universo, encontrei uma corrente menor que abraça uma prática espiritualista – algo que ressoa profundamente com o meu desejo de uma conexão autêntica com o divino.

Não me considero uma militante deísta, mas vejo essa filosofia como uma forma de pertencimento para todos que, como eu, creem em Deus e desejam se libertar dos grilhões da religião institucionalizada.

Hoje, vivo com uma liberdade que jamais imaginei ser possível. Sinto-me mais leve, com uma autoestima reconstruída e uma visão de mundo baseada também na lógica e na experiência pessoal.

Meu propósito agora é tão somente compartilhar essa jornada e mostrar que é possível transformar a vida ao resgatar nossa espiritualidade de maneira autêntica, sem os rótulos e as imposições do passado.

Se você se identifica com essa busca por liberdade e autoconhecimento, saiba que o deísmo pode ser uma alternativa para redescobrir a fé de um jeito genuíno e livre. Afinal, a verdadeira espiritualidade reside em nossa conexão pessoal com o divino, sem a necessidade de imposições ou mediadores.

E eu, que já fui refém de um sistema opressor, posso afirmar: é possível encontrar a paz e a verdade quando nos permitimos viver de forma autêntica e consciente.

Se você se sente oprimido pelo sistema religioso, espero que encontre um caminho para se libertar disso. Talvez o deísmo lhe ajude também.

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No mais, desejo-lhe sucesso, saúde e serenidade.

Cintia Amorim.

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